quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Bonde volta a circular em rua de Santa Teresa após 50 anos, no Rio


27/01/2016 – G1 – Rio de Janeiro

Bondinho de Santa Teresa na Rua Francisco Muratori, após 50 anos (Foto: Mariana Cardoso/G1)
Bondinho de Santa Teresa na Rua Francisco Muratori, após 50 anos (Foto: Mariana Cardoso/G1)

Após 50 anos, o bonde de Santa Teresa voltou a circular na Rua Francisco Muratori, Região Central do Rio, na manhã desta quarta-feira (27). O serviço, que ainda está no estágio pré-operatório, já vai atender turistas e moradores de Santa Teresa das 11h às 16h.

“O início da pré-operação do bondinho é simbólico e caracteriza um momento muito importante pra nós. Estamos muito contentes com a recuperação deste percurso, que foi danificado durante as chuvas de 1966”, disse o secretário estadual de Transportes, Carlos Osório.

A terceira etapa da restauração do transporte liga a Rua Francisco Muratori ao Largo dos Guimarães, no alto de Santa Teresa, e ao Largo da Carioca, no Centro. Entretanto, há muito trabalho pela frente e a previsão para a conclusão das obras é no primeiro semestre de 2017.

Moradores da região não estão satisfeitos com o horário de funcionamento do bonde, que está circulando em horário reduzido. Segundo eles, somente os turistas estão sendo beneficiados, pois durante os horários de ida e volta do trabalho o serviço não funciona.

Apesar de ser turista e não enfrentar problema quanto ao horário de circulação, Thaís Bretanha, de Porto Alegre, concorda com a queixa dos moradores.

“Acho que os moradores têm razão, o horário de funcionamento do bonde tem que aumentar para atender a todos, principalmente a população local. Praticamente em toda visita ao Rio eu sempre passeava no bondinho. Ele é lindo, simplesmente mais um dos charmes da cidade”, disse ela.

De acordo com a Secretaria de Estado de Transportes, a circulação do bondinho no trecho inaugurado foi liberado após a realização de vários testes.

Osorio prometeu discutir o assunto com os moradores de Santa Teresa durante uma reunião. Segundo o secretário, a população vai participar de todas as decisões envolvendo os ajustes de funcionamento do serviço.

“É importante pra nós que tenhamos uma reunião com os moradores do local para discutirmos o horário de circulação dos bondes, que antigamente acontecia das 6h40 às 19h30. Entretanto, a mudança só poderá acontecer após a inauguração de fato do bondinho. Também discutiremos o valor da tarifa de embarque e a integração da mesma com o Bilhete Único. Para agilizar o embarque e desembarque, a nossa ideia é fazer a cobrança digital, não existindo catraca igual ao VLT. Isso vai ser decidido em comum acordo com os moradores”, completou Osório.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Tema em Discussão: Extensão do VLT até a Zona Sul

25/01/2016 - O Globo

NOVOS CAMINHOS

PEDRO PAULO

Melhorar a qualidade do transporte público é uma das grandes metas da prefeitura do Rio. Neste sentido, atuamos com duas diretrizes fundamentais: o aumento da oferta de transporte de alta capacidade e a integração entre os diferentes modais. Em 2009, apenas 18% dos moradores do Rio utilizavam transportes de alta capacidade.

Até 2017, serão 63%. Esse salto é resultado de um conjunto de iniciativas. A criação dos corredores de BRT, totalizando 155 quilômetros, opera numa lógica de integração e está sendo uma grande transformação na relação do carioca com esse novo modelo. Há ainda a incorporação de novos trens ao sistema ferroviário e a expansão do metrô até a Barra. Outra iniciativa importante que vai transformar o sistema e integrar modais de forma sustentável e moderna é o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

Para se ter ideia, uma composição do VLT que chegará ao Centro equivale a seis ônibus lotados. Com 44 metros e sete vagões, o novo veículo circula em velocidades médias e baixas. Com isso, o passageiro percorre distâncias menores, quase sempre complementando com outros meios. A entrada em operação do VLT do Centro (28 quilômetros e 32 paradas) reforça ainda mais a lógica de integração dos modais de alta capacidade que chegam ao Centro e à Região Portuária. O novo veículo vai permitir a redução da circulação de carros e de ônibus, reduzindo tempos de viagens, engarrafamentos e a emissão de gases de efeito estufa.

Esta opção também é adequada a outras partes da cidade, tendo em conta suas vantagens comparativas em termos de custos, prazos de implantação e ganhos ambientais. Integrar, por meio do VLT, a região central a parte da Zona Sul não atendida pelo metrô trará grande impacto à qualidade do transporte e do trânsito no eixo Botafogo — Gávea, passando por Humaitá e Jardim Botânico. Este investimento servirá para desafogar o trânsito em uma rota de grande movimento, além de proporcionar, aos passageiros, viagens em veículos modernos e silenciosos por alguns dos mais belos cenários da cidade.

Sua implantação pode ocorrer em prazos e com custos bem menores em comparação com o metrô. Os estudos para expansão do VLT começam a ser elaborados no início de 2016. Seguindo a mesma lógica de integração, também serão considerados os possíveis traçados e a viabilidade técnica e econômica, a operação e a demanda. A prefeitura do Rio vai buscar o modelo institucional e financeiro de parceria público-privada (PPP), que vem sendo utilizado com sucesso pelo município.
Com a conclusão dos BRTs e o início da operação do VLT no Centro e a expansão do novo sistema para parte da Zona Sul, a prefeitura do Rio privilegia o transporte público eficiente e sustentável, em detrimento do carro. Esse é o caminho para consolidar o Rio como um território conectado, integrado e democrático, com mais qualidade de vida para todos.

Pedro Paulo - secretário-executivo de Coordenação de Governo do município do Rio

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Começa hoje novo trecho de obra em Santa Teresa

11/01/2016 -  O Globo

Uma nova etapa da instalação da via permanente para a circulação dos novos bondes de Santa Teresa começa hoje. Desta vez, as obras serão realizadas na esquina das ruas Felício dos Santos e Almirante Alexandrino, na altura da Praça Odylo Costa Neto. A Secretaria estadual de Transportes informou que o trecho será interditado à circulação de veículos para que os trabalhos possam avançar com segurança e rapidez. A interdição deverá ser mantida até o próximo sábado, dia 16.

Com apoio da CET-Rio, as intervenções serão sinalizadas para evitar problemas para os pedestres e motoristas. Mas, de acordo com os órgãos, não serão necessárias mudanças nos itinerários de ônibus. Técnicos da Secretaria de Transportes e operadores de trânsito serão deslocados para o local, para orientar os motoristas durante o período da interdição.

Depois de quatro anos sem circular, devido a um acidente que deixou seis mortos e 57 feridos, o bonde de Santa Teresa voltou a trafegar em dezembro do ano passado, num trecho curto entre a Estação Carioca, no Centro, e o Largo dos Guimarães. Logo depois, uma outra linha, desativada depois das enchentes de 1966, voltou a circular, da esquina das ruas Francisco Muratori e do Riachuelo, na Lapa, até o Largo da Carioca e o alto de Santa Teresa. As obras do bonde de Santa Teresa têm sido alvo de reclamações dos moradores pelos atrasos e transtornos causados no bairro.