sábado, 21 de dezembro de 2013

VLT do Rio Lista de Ativos

2013  - Site Odebrecht

O Consórcio VLT Carioca – composto pela Odebrecht TransPort, Invepar, CCR, Riopar e pela francesa RATP e a argentina BRt (Benito Roggio Transporte) – vai construir e operar o sistema de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT), que ligará a Zona Portuária ao centro da cidade e ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. As quatro líderes do consórcio possuem 24,4375% de participação, cada uma, enquanto a BRt tem 2% e a RATP, 0,25%.

A implantação do VLT faz parte da estratégia dos governos estadual e municipal do Rio de Janeiro de garantir infraestrutura de transportes adequada para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016, além de beneficiar a população que utiliza a rede de transporte público. O VLT será ligado aos trens da SuperVia, ao metrô, barcas, BRT’s, rede de ônibus convencionais e ao Aeroporto Santos Dumont, contribuindo para consolidação do conceito de rede de transporte integrada.

O projeto da prefeitura será executado por meio de parceria público-privada (PPP). Prevê seis linhas e 42 estações em 28 quilômetros de vias. O Consórcio será responsável pelas obras de implantação, compra dos trens e sistemas e operação e manutenção do VLT por um período de 25 anos. O custo da obra é estimado em R$ 1,2 bilhão.

A demanda média do VLT é estimada em 285 mil passageiros por dia (na SuperVia, são 540 mil). Cada carro terá capacidade para transportar até 415 passageiros e o intervalo entre os VLTs poderá variar entre três e 15 minutos, conforme a linha.

A construção do sistema será dividida em duas etapas. A primeira será a implantação do trecho Vila de Mídia–Santo Cristo–Praça Mauá–Cinelândia, com prazo para conclusão no segundo semestre de 2015. Já a segunda etapa contempla os trechos Central–Barcas, Santo Cristo–América–Central–Candelária, América–Vila de Mídia e Barcas–Santos Dumont, a ser concluída no primeiro semestre de 2016.

O VLT do Rio será um dos primeiros do mundo projetado totalmente sem catenárias (cabos para captar energia elétrica em fios suspensos). O abastecimento de energia será feito pelo sistema APS (alimentação pelo solo), uma espécie de terceiro trilho já implantado com sucesso em diversas cidades europeias. Além disso, os bondes disporão de um supercapacitor que será ativado nos locais onde não for possível implantar o APS.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

MP ajuiza ação contra secretário de Transportes por acidente com bondinho

11/12/2013 - Agência Brasil
 
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ajuizou hoje (11), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania, ação civil pública contra o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, o presidente da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central), Carlos Eduardo Carneiro Macedo, e a diretora de Engenharia e Operação da empresa, Ana Carolina Vasconcelos, por improbidade administrativa.

Para o Ministério Público, eles são responsáveis pelo acidente ocorrido com um dos bondes do bairro de Santa Teresa, em agosto de 2011. O acidente resultou na morte de seis pessoas e deixou 57 feridas e motivou a paralisação, que permanece até hoje, dos tradicionais bondes, meio de transporte dos moradores e atração turística do bairro.

"Tratava-se de tragédia anunciada, pois, ao longo dos anos, o que se verificou foi a paulatina degradação das atividades e equipamentos empregados no serviço de transporte prestado pelo sistema de bondes operado no bairro de Santa Teresa", diz o promotor Alberto Flores Camargo em trecho da ação, na qual requer o ressarcimento integral do dano causado ao patrimônio público, estimado em R$ 6 milhões e 312 mil, e dos danos morais coletivos.

A ação também propõe a perda da função pública dos acusados e a suspensão de seus direitos políticos pelo período de cinco a oito anos.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

VLT Rio: meta é tirar mais de 60% dos ônibus do Centro

08/12/2013 - O Globo

Um advogado com escritório na Avenida Rio Branco precisa ir ao Fórum e, em vez de táxi, de ônibus ou a pé, suando sob o terno no calor do Centro, vai de bonde elétrico, numa temperatura de 24 graus. Uma executiva de salto alto faz o mesmo entre a estação das barcas, na Praça Quinze, e o Aeroporto Santos Dumont, sem enfrentar engarrafamento e o risco de perder a ponte aérea: nos horários de pico, a espera pelo transporte chega a somente três minutos. As cenas fazem parte de um futuro próximo com muito menos ônibus e a presença do chamado (VLT), que interligará todo o Centro e a Zona Portuária.

Pelas estimativas da Secretaria municipal de Transportes, a frota de ônibus do Centro será reduzida em mais de 60% até 2016, quando todo o novo sistema de transporte já estará operando.

O secretário de Transportes, Carlos Roberto Osorio, diz que esse total pode ser ainda maior: neste caso, dos 3.500 ônibus que circulam pelo Centro, 2.310 deixariam a região, desafogando as vias e abrindo espaço para o VLT. Também há a meta de reduzir em, pelo menos, 15% o total de carros que transita pela área central, percentual que representa cinco mil veículos por hora.

— A última simulação mostrou uma redução de 60%, podendo chegar a 66% — afirma ele, acrescentando que a mudança se deve ao VLT e ao BRT Transbrasil, que comunicará Deodoro ao Centro (substituindo os ônibus de longa distância) e estará integrado aos novos bondes, assim como outros modais. — Teremos integração com os ônibus intermunicipais na Rodoviária Novo Rio, outra na Central e Terminal Américo Fontenelle, com as estações do metrô da Uruguaiana, Carioca e Cinelândia e barcas.

Obras de infraestrutura começarão em janeiro

As obras de infraestrutura para receber os bondes, previstas inicialmente para o segundo semestre deste ano, começam agora em janeiro, segundo o cronograma divulgado pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto (Cdurp) e pelo consórcio VLT Carioca. Na Zona Portuária, a Via Binário já conta com o leito por onde passará o trilho do VLT delimitado. O transporte ligará a Rodoviária Novo Rio ao Santos Dumont e contará com 32 bondes, distribuídos em seis linhas, e 42 estações espalhadas em 28 quilômetros de extensão do sistema.

Com tudo pronto, os VLTs poderão transportar 285 mil passageiros/dia, que pagarão tarifa de bilhete único.

A primeira etapa começa a operar no segundo semestre de 2015 e corresponde ao trecho Vila de Mídia (imediações da Novo Rio)-Santo Cristo-Praça Mauá-Cinelândia. A segunda etapa ficará pronta no primeiro semestre de 2016. Para as Olimpíadas, serão concluídos os trechos Central-Barcas, Santo Cristo-América-Central-Candelária, América-Vila de Mídia e Barcas-Santos Dumont.

Cinco trens virão da Espanha

Diante de tantas promessas de VLT para o Rio — desde o início dos anos 90 que projetos do tipo são apresentados, sem nunca andar para frente —, Osorio tenta passar firmeza, dizendo que a população já pode ver o leito dos bondes preparado na nova Via Binário:

— A obra já foi licitada, temos os recursos assegurados e as intervenções começaram com a revitalização da Zona Portuária, onde está pronto o leito do VLT.

As composições já foram encomendadas pelo consórcio à empresa francesa Alstom. As cinco primeiras unidades virão da fábrica, na Espanha. Os outros 27 trens serão fabricados em São Paulo. Simulações já mostram os bondes (com o design que será visto nas ruas do Rio) circulando pela cidade. O transporte, com rede elétrica subterrânea, sem fios expostos na parte de cima, segue o padrão visto nas cidades de Bordeaux, Reins e Orleans, na França — embora lá não seja totalmente sem cantenária (fiação exposta). O sistema carioca se aproximará mais do que está em fase de implantação em Dubai, nos Emirados Árabes.