quinta-feira, 24 de outubro de 2013

VLT de Macaé: governo quer vender vagões

24/10/2013 - Folha Online (Campos Goytacazes)

O prefeito de Macaé Doutor Aluízio Júnior anunciou, nesta quarta-feira (23), em uma coletiva, que o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ou Metrô Macaé, pode ser vendido para o Governo do Estado. A idéia é recuperar o dinheiro investido no projeto e aplicar no arco viário que está sendo construído para desafogar o trânsito do município. Dr. Aluízio apresentou um relatório que conclui a inviabilidade do projeto Metrô Macaé.

De acordo com o prefeito, nesta quinta, o documento será entregue ao Ministério Público e em seguida encaminhado a Câmara Municipal de Vereadores. Para que assim, a Casa juntamente com o Executivo organize uma Audiência Pública onde a população possa participar e decidir o destino das locomotivas compradas.

Dr. Aluízio lembrou que foram gastos R$15 milhões na aquisição das composições e por isso é importante que a população tenha ciência do que está sendo feito e participe do destino delas. "Existe a necessidade de redimensionar o projeto. Não queremos perder o que foi gasto. É uma decisão difícil, um momento crítico para o governo. Por isso, queremos fazer uma Audiência Pública para a população possa decidir o que será feito com essas composições", garantiu o prefeito.

De acordo com Dr. Aluízio o Estado já se comprometeu a pagar R$ 65 milhões pelas composições. Deste montante, R$ 45 milhões já estariam garantidos. Paralelamente a Prefeitura executa um novo projeto para melhorar o trânsito. "Sabemos que a Mobilidade Urbana é o grande desafio de Macaé. Sofremos diariamente ameaças dos municípios vizinhos por conta dessa falta de estrutura do trânsito. Vamos defender os interesses dessa cidade e resolver todos os impasses", enfatizou.

http://www.fmanha.com.br/regioes/vlt...-vender-vagoes

Auditoria aponta irregularidades no VLT de Macaé

24/10/2013 - G1

O projeto do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) em Macaé, interior do estado do Rio, vai ter que recomeçar do zero. Essa foi a afirmação do prefeito da cidade Dr. Aluízio Junior, que durante a tarde desta quarta-feira (23) apresentou o resultado dos seis meses da auditoria do projeto de implatanção do sistema leve de transporte, que desde 2009 nunca saiu do papel.

O prefeito foi além. Afirmou que irregularidades como compra de composições antes que garantias financeiras fossem confirmadas por entidades financeiras, como a Caixa Econômica Federal, contribuíram para que o trilho nunca tenha circulado.

O projeto foi lançado em 2009 pela prefeitura de Macaé, que investiu R$ 15 milhões na compra dos veículos. O valor total da estrutura chega a R$ 25 milhões. As quatro composições do veículo têm capacidade para transportar 350 passageiros. A previsão para inauguração do Metrô Macaé estava prevista para julho de 2012.

Porém, nenhuma das dez estação previstas em contrato sequer foram licitadas. As centrais de controle e administração do VLT também não foram construídas e, de acordo com o prefeito, o dinheiro reservado foi menor do que o previsto em planejamento.

De acordo com o contrato firmado em 2009 para a implantação do projeto Metrô Macaé, o projeto originalmente contaria com quatro composições que complementariam o transporte público na cidade, facilitando o deslocamento de pessoas no eixo Lagomar - Imboassica, utilizando, para isso, cerca de 23 km de leito ferroviário.

O município queimou etapas antes da compra das composições, segundo o prefeito. Para a implantação do projeto, adequação do leito, construção de estações de embarque e desembarque, sinalização dos cruzamentos, entre outras, por exemplo, não foram realizadas.

Por falta de cumprimento da parte que cabia à Prefeitura, o Governo do Estado rompeu o contrato com o município que agora tenta negociar a 'venda' das composições para recomeçar o projeto do zero.

Nós firmamos um convênio com o Governo do Estado que nos garante repasse de R$ 45 milhões para a construção do Arco Viário de Santa Tereza. Solicitamos que esse convênio seja somado mais R$ 15 milhões em troca das composições. O valor total será destinado ao projeto do Arco Viário e recomeçaríamos o projeto do zero, com a compra de novas composições, uma vez que essas se tornaram obsoletas, afirmou o prefeito.

Cópias do resultado da auditoria serão encaminhadas para o Ministério Público Estadual e para a Câmara de Vereadores. Os parlamentares vão avaliar a situação do projeto como um todo e uma audiência pública será convocada para que a decisão do que será feito com as composições compradas seja efetivamente tomada.

Após esse trabalho, uma comissão vai criar o projeto executivo do novo Sistema de Transporte Leve para que seja licitado até o segundo semestre de 2014. Dr. Aluízio Junior acredita que as obras sejam iniciadas em 2015, com novos recursos do município e do Governo Federal.

A implementação do projeto do VLT faz parte dos nossos planos, porém, precisamos recomeçar. Para isso, o primeiro passo foi dado com essa auditoria. Agora vamos ouvir a população para saber o que fazemos com as composições que foram adquiridas. Mas um novo projeto executivo será criado e licitado, espero que no segundo semestre do ano que vem, para o projeto seja iniciado em 2015, concluiu Dr. Aluízio Junior.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Niterói - 1908

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Audiência pública debate nova concessão do Trem do Corcovado

04/07/2013 - Agência Brasil

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) promoveu hoje (4) audiência pública sobre nova concessão do Trem do Corcovado, que fica no Parque Nacional da Tijuca, subordinado ao instituto. Moradores do Cosme Velho, bairro onde fica a estação do trem, e guias de turismo participaram do debate. O trem será licitado até novembro deste ano.

O contrato de concessão será pelo período de 20 anos e prevê investimento de R$111,54 milhões. O chefe do Parque Nacional da Tijuca, Ernesto Viveiros, informou que as propostas vão trazer melhorias para os visitantes. "O nosso principal foco é aumentar a qualidade ambiental da operação do trem e aumentar a qualidade da experiência dos visitantes, diminuindo os transtornos tanto para os visitantes quanto para os moradores da proximidade da Estrada de Ferro [do Corcovado]. O objetivo realmente é qualificar a operação e garantir melhores resultados em termos de conservação e atividades turísticas".

Algumas das propostas são: melhorar a área de embarque, segurança, manutenção e conservação de edificações existentes, modernização dos trens e fortalecimento da imagem do Parque Nacional da Tijuca.

Para o guia de turismo Wagner Medeiros, mais colegas deveriam ter participado do evento. "Tudo que é bem planejado no turismo só traz benefício e, consequentemente, traz benefício para a população também. O turismo precisa de um ambiente não conturbado para que ele possa crescer e gerar emprego e renda. Faço uma crítica aos companheiros do turismo que não se fizeram presentes. Porque o ICMBio está sofrendo uma pressão gigantesca da associação dos moradores que sugeriu e criticou coisas que são importantes. Porém, se o ICMBio só escutar os moradores, vai se criar um frankenstein".

A Estrada de Ferro do Corcovado foi inaugurada em 1884 e foi a primeira ferrovia eletrificada do Brasil. No Morro do Corcovado, fica o Cristo Redentor, um dos principais pontos turísticos do Rio. A viagem do Cosme Velho ao Corcovado dura cerca de 20 minutos, custa R$ 46 para adultos e R$ 23 para menores de 21 anos, idosos e estudantes. O trem funciona de 8h às 19h, de segunda-feira a domingo. No ano de 2012, cerca de 879.410 pessoas utilizaram o transporte.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Prefeitura e Governo federal assinam contrato para implantar VLT no Rio

14/01/2013 - G1

Projeto orçado em R$ 1,164 bilhão receberá R$ 632 milhões da Prefeitura.

Ministério das Cidades pagará R$ 532 milhões.

A Prefeitura do Rio e o Governo federal assinaram, na tarde desta sexta-feira (14), termo de compromisso para repasse de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da Região Portuária e Centro da cidade.
O projeto, orçado em R$ 1,164 bilhão, receberá R$ 532 milhões do Ministério das Cidades e R$ 632 milhões de contrapartida da Prefeitura.

O VLT vai conectar a Região Portuária ao Centro da cidade e ao aeroporto Santos Dumont, com seis linhas e 42 paradas distribuídas por 28 vias. Quando todas as linhas estiverem em operação, a capacidade do sistema chegará a 285 mil passageiros por dia.

Durante a cerimônia, a presidente Dilma Rousseff afirmou que obras como a do VLT fazem parte do processo de transformação pelo qual o país passa.

"Fico muito feliz porque o VLT [...] e todas as obras em parceria conosco fazem parte dessa transformação do nosso país em um país mais desenvolvido que tem que zelar pelo seu povo", disse a presidente.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, frisou que o VLT, assim como os BRTs, vai melhorar a qualidade de vida dos cariocas.

"A gente tem que, de vez em quando, lembrar as pessoas o que era a nossa realidade antes e o que é nossa realidade hoje. Não tinha obra, não tinha investimento, não tinha paz. Hoje, o Rio é de muita paz e esperança", disse o prefeito, que não comentou os recentes protestos contra o aumento da passagem de ônibus no Rio, que terminaram em confronto com a polícia.

'Estamos juntos', diz Dilma sobre Cabral
No mesmo evento, a presidente Dilma Rousseff declarou apoio ao governardor do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. "Podem falar o que quiserem. Nós, de nossa parte, estamos juntos", disse a presidente.

A declaração foi dada depois de discurso do governador, que disse que ninguém o separaria da presidente. "Aqueles na política que tentam me dividir com a presidente Dilma não conseguirão. Nós estamos unidos, firmes e olhando o Rio e o Brasil", disse Cabral.

Os partidos de Dilma e de Pezão ensaiam candidatura própria para o Governo do Rio, com disputa entre Luiz Fernando Pezão (PMDB), vice de Cabral, e o senador Lindibergh Farias (PT), que já declarou intenção de se candidatar.

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A declarações foram dadas durante cerimônia de assinatura de contrato para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Região da Zona Portuária e Centro, que será entregue totalmente até 2016.

A obra receberá RS 532 milhoes do PAC 2, da Mobilidade. O total de investimento é de RS 1,164 bilhão.

A presidente Dilma Rousseff afirmou que, ao contrário do que dizem os "pessimistas", a economia do Brasil não está mais fraca.

Sobre a alta da inflação, a presidente frisou ainda que a situação está sob controle. "Nós estamos enfrentando talvez a pior crise econômica desde 1929. Esse país tem robustez fiscal, estabilidade inflacionária, ou seja, nos temos a inflação sob controle. Nós temos todas as condições de investir e, ao mesmo tempo, fazer programas sociais", disse a presidente, acrescentando que o Brasil tem uma reserva de U$ 378 bilhões.

As declarações foram dadas durante cerimônia de assinatura de contrato para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Região da Zona Portuária e Centro, que será entregue totalmente até 2016, quando serão realizados na cidade as Olimpíadas.

A obra receberá RS 532 milhões do Ministério das Cidades através do PAC 2, da Mobilidade. O total de investimento é de RS 1,164 bilhão.

Assinado contrato para implantar VLT no Rio

15/06/2013 - G1

Projeto orçado em R$ 1,164 bilhão receberá R$ 632 milhões da Prefeitura. Ministério das Cidades pargará R$ 532 milhões.

Priscilla Souza

A Prefeitura do Rio e o Governo federal assinaram, na tarde desta sexta-feira (14), termo de compromisso para repasse de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da Região Portuária e Centro da cidade.

O projeto, orçado em R$ 1,164 bilhão, receberá R$ 532 milhões do Ministério das Cidades e R$ 632 milhões de contrapartida da Prefeitura.

O VLT vai conectar a Região Portuária ao Centro da cidade e ao aeroporto Santos Dumont, com seis linhas e 42 paradas distribuídas por 28 vias. Quando todas as linhas estiverem em operação, a capacidade do sistema chegará a 285 mil passageiros por dia.

Durante a cerimônia, a presidente Dilma Rousseff afirmou que obras como a do VLT fazem parte do processo de transformação pelo qual o país passa.

"Fico muito feliz porque o VLT [...] e todas as obras em parceria conosco fazem parte dessa transformação do nosso país em um país mais desenvolvido que tem que zelar pelo seu povo", disse a presidente.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, frisou que o VLT, assim como os BRTs, vai melhorar a qualidade de vida dos cariocas.

"A gente tem que, de vez em quando, lembrar as pessoas o que era a nossa realidade antes e o que é nossa realidade hoje. Não tinha obra, não tinha investimento, não tinha paz. Hoje, o Rio é de muita paz e esperança", disse o prefeito, que não comentou os recentes protestos contra o aumento da passagem de ônibus no Rio, que terminaram em confronto com a polícia.

'Estamos juntos', diz Dilma sobre Cabral

No mesmo evento, a presidente Dilma Rousseff declarou apoio ao governardor do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. "Podem falar o que quiserem. Nós, de nossa parte, estamos juntos", disse a presidente.

A declaração foi dada depois de discurso do governador, que disse que ninguém o separaria da presidente. "Aqueles na política que tentam me dividir com a presidente Dilma não conseguirão. Nós estamos unidos, firmes e olhando o Rio e o Brasil", disse Cabral.

Os partidos de Dilma e de Pezão ensaiam candidatura própria para o Governo do Rio, com disputa entre Luiz Fernando Pezão (PMDB), vice de Cabral, e o senador Lindibergh Farias (PT), que já declarou intenção de se candidatar.

A declarações foram dadas durante cerimônia de assinatura de contrato para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Região da Zona Portuária e Centro, que será entregue totalmente até 2016.

A obra receberá RS 532 milhoes do PAC 2, da Mobilidade. O total de investimento é de RS 1,164 bilhão.

A presidente Dilma Rousseff afirmou que, ao contrário do que dizem os "pessimistas", a economia do Brasil não está mais fraca.

Sobre a alta da inflação, a presidente frisou ainda que a situação está sob controle. "Nós estamos enfrentando talvez a pior crise econômica desde 1929. Esse país tem robustez fiscal, estabilidade inflacionária, ou seja, nos temos a inflação sob controle. Nós temos todas as condições de investir e, ao mesmo tempo, fazer programas sociais", disse a presidente, acrescentando que o Brasil tem uma reserva de U$ 378 bilhões.

As declarações foram dadas durante cerimônia de assinatura de contrato para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Região da Zona Portuária e Centro, que será entregue totalmente até 2016, quando serão realizados na cidade as Olimpíadas.

A obra receberá RS 532 milhões do Ministério das Cidades através do PAC 2, da Mobilidade. O total de investimento é de RS 1,164 bilhão.

Fonte: Do G1 Rio

Prefeitura do Rio muda projeto, e VLT irá para Rua Primeiro de Março

05/07/2013 - O Globo

Croqui do VLT que circulará pelo Centro e pela região do Porto: mudanças de itinerário - Divulgação/Agência O Globo

RIO - Foi elaborado nesta quinta-feira o novo traçado de mobilidade urbana para vias importantes do Centro. A ideia é inverter a implementação de um BRT e um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Avenida Rio Branco e na Rua Primeiro de Março. O projeto inicial, apresentado por Washington Fajardo, presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, em encontro com arquitetos e urbanistas no Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), no mês passado, propunha que um BRT cortasse a Rua Primeiro de Março, e que a Avenida Rio Branco fosse contemplada com um VLT.

Durante o debate, a crítica ao projeto foi unânime. Para os arquitetos, não fazia sentido que um BRT passasse por uma rua histórica, repleta de joias arquitetônicas e de calçadas estreitas. Já a Avenida Rio Branco, uma via expressa, com largas calçadas e prédios de pouca importância arquitetônica, seria a rua ideal para receber um BRT, em vez de um VLT. Dois dias após o debate no IAB, a prefeitura já havia declarado a intenção de inverter o projeto, atendendo a críticas dos arquitetos.

— Começamos a analisar e vimos que, mais do que possível, era uma possibilidade excelente, porque passa a ter o VLT, o bonde moderno, na Primeiro de Março, uma rua histórica, o que fica absolutamente compatível. Por outro lado, o BRT, por seu porte, é mais compatível com a Rio Branco. Então temos um ótimo resultado. Foi importante ter aberto essa discussão. O desafio da prefeitura é que a gente promova integração entre diferentes disciplinas, começando a enxergar um projeto por várias óticas. O objetivo era pegar contribuições, e quem ganhou foi a cidade — explicou Fajardo.

Um dos benefícios da implantação de um VLT na Rua Primeiro de Março é repensar o Centro do Rio para além dos dias úteis, quando há grande fluxo de pessoas nessa área. Para Fajardo, um ganho importante é a criação de uma opção de transporte com apelo turístico:

— Durante a semana, o VLT resolve uma mobilidade interna e traz esse novo atrativo cultural e turístico para o Centro, principalmente no final de semana. Quando se fala de projetos urbanos, não existe melhor projeto, é questão de premissa. O desenho anterior era mais funcional, mas, quando tratamos da cidade, nem sempre a funcionalidade é o fator mais importante.

Para Sérgio Magalhães, presidente do IAB, o debate entre governo municipal e especialistas é benéfico e trouxe bons frutos:

— É saudável e positiva a mudança. O debate ocorreu justamente com o objetivo de dar uma contribuição e discutir o melhor para a cidade.

Prefeitura do Rio muda projeto, e VLT irá para Rua Primeiro de Março

05/07/2013 - O Globo

Croqui do VLT que circulará pelo Centro e pela região do Porto: mudanças de itinerário - Divulgação/Agência O Globo

RIO - Foi elaborado nesta quinta-feira o novo traçado de mobilidade urbana para vias importantes do Centro. A ideia é inverter a implementação de um BRT e um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Avenida Rio Branco e na Rua Primeiro de Março. O projeto inicial, apresentado por Washington Fajardo, presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, em encontro com arquitetos e urbanistas no Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), no mês passado, propunha que um BRT cortasse a Rua Primeiro de Março, e que a Avenida Rio Branco fosse contemplada com um VLT.

Durante o debate, a crítica ao projeto foi unânime. Para os arquitetos, não fazia sentido que um BRT passasse por uma rua histórica, repleta de joias arquitetônicas e de calçadas estreitas. Já a Avenida Rio Branco, uma via expressa, com largas calçadas e prédios de pouca importância arquitetônica, seria a rua ideal para receber um BRT, em vez de um VLT. Dois dias após o debate no IAB, a prefeitura já havia declarado a intenção de inverter o projeto, atendendo a críticas dos arquitetos.

— Começamos a analisar e vimos que, mais do que possível, era uma possibilidade excelente, porque passa a ter o VLT, o bonde moderno, na Primeiro de Março, uma rua histórica, o que fica absolutamente compatível. Por outro lado, o BRT, por seu porte, é mais compatível com a Rio Branco. Então temos um ótimo resultado. Foi importante ter aberto essa discussão. O desafio da prefeitura é que a gente promova integração entre diferentes disciplinas, começando a enxergar um projeto por várias óticas. O objetivo era pegar contribuições, e quem ganhou foi a cidade — explicou Fajardo.

Um dos benefícios da implantação de um VLT na Rua Primeiro de Março é repensar o Centro do Rio para além dos dias úteis, quando há grande fluxo de pessoas nessa área. Para Fajardo, um ganho importante é a criação de uma opção de transporte com apelo turístico:

— Durante a semana, o VLT resolve uma mobilidade interna e traz esse novo atrativo cultural e turístico para o Centro, principalmente no final de semana. Quando se fala de projetos urbanos, não existe melhor projeto, é questão de premissa. O desenho anterior era mais funcional, mas, quando tratamos da cidade, nem sempre a funcionalidade é o fator mais importante.

Para Sérgio Magalhães, presidente do IAB, o debate entre governo municipal e especialistas é benéfico e trouxe bons frutos:

— É saudável e positiva a mudança. O debate ocorreu justamente com o objetivo de dar uma contribuição e discutir o melhor para a cidade.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Custo do VLT deve atingir R$ 1,2 bi

30/09/2013 - Valor Econômico

Primeiro VLT do país traz outra novidade: será operado e mantido por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP)

O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que entra em circulação pelo Rio de Janeiro até 2016, ligará os bairros da região portuária ao centro financeiro e ao Aeroporto Santos Dumont, passando pelas imediações da Rodoviária Novo Rio, Praça Mauá, Avenida Rio Branco, Cinelândia, Central do Brasil, Praça 15 e Santo Cristo. O custo da obra do sistema, que terá 28 quilômetros de vias, é estimado em R$ 1,2 bilhão, sendo R$ 500 milhões financiados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade e o restante viabilizado por meio de contrapartida da prefeitura. Além de tecnologia inédita a ser incorporada e ser o primeiro do país no gênero, o VLT traz outra novidade: será operado e mantido por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP).

Por meio da PPP, a iniciativa privada será responsável pelas obras de implantação do sistema, compra dos trens, operação e manutenção do VLT por 25 anos. O consórcio do VLT Carioca é formado pelas empresas CCR, por meio da CCR Actua, Odebrecht Transport, e Invepar. A Riopar Participações, sócia do Grupo CCR na CCR Barcas, também faz parte, enquanto a BRt - Benito Roggio Transporte tem 2%, e a RATP do Brasil Operações, Participações e Prestações de Serviços para Transporte possui 0,25% de participação.

Composto por operadores dos quatro meios de transportes da cidade (trem, metrô, barcas e ônibus), o grupo de empresas apresentou, em abril, proposta com oferta de R$ 5,9 milhões mensais pagos pela prefeitura durante 25 anos de contrato - valor 1,35% abaixo do teto de R$ 6,040 milhões estimados pelo edital. O pagamento da contraprestação mensal pela prefeitura se dará após o término da obra e início da operação, o que deve ocorrer no prazo de dois anos aproximadamente.

O sistema será integrado ao Bilhete Único Carioca. Quando todas as linhas estiverem em operação, a capacidade chegará a 285 mil passageiros por dia. As composições serão refrigeradas e poderão transportar até 415 passageiros. Com velocidade média de 20 a 40 km por hora, o veículo levará de 10 a 30 mil passageiros por sentido e por hora.

O projeto estará conectado às estações de metrô, trens, barcas, BRT, redes de ônibus convencionais e aeroporto. "Essa integração fará com que o transporte possa ser um indutor de desenvolvimento no centro, já que vai melhorar o trânsito da região central da cidade, diminuindo o tráfego", observa o secretário de Transportes da cidade, Carlos Osório.